O Grande Guilherme de Baskerville

O que falar do tão famoso Guilherme de Baskerville?

Confesso que cometi um pecado horrendo assistindo ao filme, estrelado por Sean Connery, antes de ler o livro. Mas isso foi há muitos anos quando os filmes vinham em VHS (ó Deus...). Muito tempo depois me deparei com a obra escrita e me senti na “obrigação” de compra-la. Sendo assim, minha leitura por fim, talvez tenha sido menos prazerosa e mais analítica (no sentido da comparação). Em minha mente o belo perfil de Sir Sean Connery (😄), Guilherme de Baskeville é chamado a um mosteiro franciscano no ano de 1327 para investigar os monges do local, suspeitos de cometer heresias (por exemplo o riso... rir poderia ser uma heresia na idade média). Em meio a essa missão, Frei Guilherme é interrompido pela morte repentina de alguns frades. No melhor estilo Conan Doyle, Umberto Eco faz nosso protagonista “passear” entre as paredes do mosteiro na tentativa de descobrir o que está acontecendo por lá.

Como bom fã de Sherlock Homes, Umberto Eco faz do querido franciscano de Baskerville um esplêndido investigador. Entretanto, além da questão literária, o escritor dá uma aula sobre a cultura e costumes da época e nos apresenta o momento da idade média em que o saber ficou estacionado porque o clero escondia e proibia a disseminação do conhecimento. Não à toa, é chamada a Idade das Trevas.

O final é a cereja do bolo, o que me deixa ainda mais triste em ter visto o filme primeiro, pois o charme final já havia sido revelado. Mesmo assim, a leitura valeu a pena e fluiu de uma forma extremamente prazerosa.

Umberto Eco é mais um mestre entre nós. E O Nome da Rosa é a prova disso.

Enfim, uma história muito bem pensada e muito bem contada.
Vale a pena. Mesmo

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