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Mostrando postagens de dezembro, 2017

Kristin Hannah

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Kristin Hannah, autora de best-sellers entre eles O Rouxinol, nasceu em 25 de setembro de 1960 na Califórnia. Formada em direito, quando estava grávida precisou ficar de repouso por cinco meses, e nessa época retomou uns textos que tinha em parceria com sua mãe já falecida. Encorajada pelo marido, após o nascimento do filho, abandonou a prática da advocacia para se dedicar inteiramente a paixão pela escrita. Vencedora de diversos prêmios literários como o Golden Heart, tem mais de dez livros publicados e mais de 8 milhões de exemplares vendidos. Dentre seus títulos, além do já citado O Rouxinol que deu renome a autora e que fala de duas irmãs na França na véspera da Segunda Guerra Mundial, estão também: Por Toda a Eternidade, sobre uma mulher que tenta superar sua dor aproximando-se da dor da afilhada; Um Estranho na Cidade, sobre irmãs, rivalidades e perdão; A Hora Mágica, com a história de uma menina de seis anos que é encontrada numa floresta do estado de Washington. O

Jardim de Inverno

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Um conto de Fadas... de Horrores. Comecei este livro, despretensiosamente. Achei que seria um drama simples (não li sinopse, resumo, resenha). Até metade dele, gostei do que li, mas continuava com e imagem do livro simples, bom para o coração, que desperta sorrisos e traz tranquilidade. De repente, ele me apresenta linhas que me fazem pensar... pensar e pensar. Um livro simples, sem grandes promessas, de um momento em diante passa a me fazer pensar nos homens. Por que Deus? Por que homens que tem o poder, simplesmente esmagam as pessoas? Porque poucas pessoas podem destruir tantas vidas? Porque acontecimentos como os descritos no livro não são simplesmente literatura? Por que? Não entendo um ser humano que faz o mal, um ser humano que quer impor sua vontade a todo custo. Um homem que é capaz de chegar ao poder de um pais, não deveria (não poderia) ser indiferente a vidas. Eu realmente não entendo, não aceito e sofro terrivelmente por isso. Bom, o livro. O livro descreve um mom

Margaret Mitchell

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Margaret Mitchell, nascida em novembro de 1900 na cidade de Atlanta, era filha de Eugene Muse Mitchell, diretor da Sociedade de História de Atlanta envolvido em questões culturais da cidade onde moravam e Mary Isabell "May Belle" Stephens, católica devota descendente de irlandeses. Cresceu ouvindo histórias sobre a Guerra de Secessão contadas por seus parentes e por veteranos confederados. Ao escrever E o Vento Levou, visivelmente Mitchell usou as características de sua família para a criação dos personagens no livro. Recém-casada, Margaret Mitchell desenvolveu um problema nas pernas que a fez ficar acamada em repouso absoluto. Por conta do tédio, seu marido John Marsh, jornalista e editor de uma revista, traz diariamente diversos livros para que ajudasse a passar o tempo. Exausto da maratona leva e traz, John a presenteia com uma máquina para que então escrevesse seu próprio livro. E assim começa o longo caminho de quase dez anos para a criação e publicação da história de

E o Vento Levou

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Por Tara! Comecei o livro e de cara percebi que muito além de Scarlett e Rhett, em E o Vento Levou desenrolava-se uma aula de história linda de se acompanhar. Confesso que meu coração palpitava quando aparecia em cena os dois grandes nomes da história e seus rostos tinha a imagem de Vivien Leigh e Clark Gable. Cresci assistindo o filme e quando criança mesmo sem entender muito bem o que significava, meu amor por cinema já me fazia sentir o tamanho daquela obra. A força dos dois personagens, assim como na película, exala nas páginas. As indicações ao Oscar foram incrivelmente merecidas. Scartett e Rhett do filme (e Mammy, claro), são os do livro. E a trilha sonoro... Ah!... Constantemente enquanto lia, podia jurar escutar a orquestra de Tara’s Theme. Mas como dito, o livro vai muito além do que o filme significou na história do cinema. As páginas trazem uma visão do lado perdedor na guerra civil americana. Continuo achando que a luta foi válida, não há nada no mundo que justifiq

Gustave Flaubert

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Escritor francês nascido em 1821 e um dos principais representantes do Realismo (movimento literário que surge como resposta ao artificialismo do Neoclassicismo e ao sentimentalismo exacerbado do Romantismo). Sua principal obra foi Madame Bovary que demonstra bem sua característica literária. Na época em que foi escrito, chocou pela forma como trata o adultério e o suicídio, levando inclusive a um processo por ofensa moral e a religião. Com a publicidade por conta desse processo, o livro vira febre entre a população. “Madame Bovary sou eu”, disse o escritor na época. Flaubert era profundo em suas análises psicológicas e suas percepções sobre o comportamento social são acidamente realistas. Sua obra se caracteriza pelo cuidado na sintaxe, na escolha do vocabulário e na estrutura do enredo. Era perfeccionista, demorava em média 5 anos para escrever um romance, pois dizia que precisava sempre utilizar “a palavra certa”. Seus últimos anos são marcados por dificuldades financeiras e m

Madame Bovary

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Vamos Celebrar a Estupidez Humana Analisar um livro não é tarefa fácil. Ainda mais em se tratando de um clássico como Madame Bovary. Leituras com renome não necessariamente precisam cair no gosto simplesmente pelo fato de terem sido consideradas boas por um grupo de pessoas. Afinal, gosto é uma coisa muito particular. Entretanto, os considerados Clássicos, sempre me fazem pensar mais pois se atingiram tal patamar, existe um porquê. Acho que as sinapses do meu cérebro ficam extremamente ativas quando procuro entender e descobrir aquilo que alguém já o fez anteriormente. Dito isso... comecei achando a história de Madame Bovary cansativa, como se não tivesse um porquê. E então, passando da metade, comecei a pensar: quem era Madame Bovary? E pensando nisso, comecei a entender a beleza do livro. Escrito em 1857, em uma sociedade totalmente patriarcal, onde as mulheres quando descritas na literatura eram amorosas, lindas, justas, delicadas, honestas. Enfim, mocinhas queridas. E Madam

Victor Hugo

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Victor-Marie Hugo nascido em Besançon, França no dia 26 de fevereiro de 1802 e falecido em Paris no dia 22 de maio de 1885 foi um romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos de grande atuação política em seu país. Entre suas inúmeras publicações os maiores destaques são para Os Miseráveis e O Corcunda de Notre-Dame. Nascendo, crescendo e vivendo em uma frança que passava por mudanças constantemente (entra Napoleão, sai Napoleão, entra monarquia, sai monarquia...), Victor Hugo desenvolve um senso crítico afiado e uma consciência social que dominaram suas publicações. Precoce em seus escritos, com 20 anos publicou sua primeira coletânea de poesias, o que já lhe rendeu fama e sucesso. Em 1831 lança O Corcunda de Notre-Dame, um sucesso instantâneo que até hoje permanece como uma das maiores obras da literatura mundial e considerado o maior romance histórico de Victor Hugo. Ironicamente Os Miseráveis, talvez o mais magnífico e popula

Os Miseráveis

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Meu Coração Ficou Aqui! Não me sinto preparada para escrever sobre uma obra dessa importância, dessa magnitude, mas fiquei tão deslumbrada com a história, com a escrita, que quero registrar minha visão, ao menos para mim mesmo. Uma aula de tudo... de língua, de política, de humanidade, de caridade, de compaixão, de responsabilidade, de história, de amor, de vida, ... . sobre tudo Victor Hugo dá uma aula. Fiz tantas marcações como nunca tinha feito. Em momentos queria copiar uma página inteira, tamanha a quantidade de análise critica disponibilizava nas linhas e que enchia meu coração de deslumbramento e admiração. Como li coisas rasas na minha vida. Como não li Os Miseráveis antes? “Ensinem o mais possível aos que nada sabem; a sociedade é culpada de não instruir gratuitamente e responderá pela escuridão que provoca. Uma alma na sombra da ignorância comete um pecado? A culpa não é de quem o faz, mas de quem provocou a sombra.” O brilhantismo da história, do meu ponto de vista

Margaret Atwood

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Margaret Eleanor Atwood, nascida em 18 de novembro de 1939 é uma escritora canadense que viu seu livro O Conto de Aia lançado em 1987, voltar a ser assunto e com destaque, coincidência ou não, após a eleição de Donald Trump. Com múltiplos prêmios literários, é uma escritora de livros identificados como feministas e de ficção cientifica. Entre suas ótimos análises acerca disso ela informa preferir que sua obra seja considerada ficção especulativa a ficção científica. "Em ficção científica tem monstro e naves espaciais; ficção especulativa poderia realmente acontecer." Para ela, a diferença entre ficção científica e especulativa é que a primeira nós ainda não podemos fazer. A Segunda, são assuntos que estão a nossa frente, acontecendo. E sobre a questão feminista, Atwood acredita que o rótulo só pode ser aplicado a escritores que conscientemente trabalham na moldura do movimento feminista. Disse ficar na ponta dos dois extremos. Ela acredita que mulheres não devem ser vis

O Conto da Aia

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A Realidade do (im)possível Quando comecei o livro, fiz meu primeiro histórico falando do medo de ler distopias. Tenho medo que elas aconteçam. Li poucos livros do gênero, dentre eles, achei este o mais provável de surgir. Não! Nossa realidade não está tão perto assim! Mas as patologias sociais ao qual temos visto faz com que me pergunte: onde vamos parar? O Conto de Aia, apresenta a história de Offred. Ela vive em uma sociedade onde todos os direitos foram suprimidos e as mulheres são as mais afetadas quando separadas por “tipo” de mulher. As Aias, as Esposas, as Filhas, as Marthas, as Não Mulheres... entre outros. Offred conta sua história e nos apresenta seu mundo. O sofrimento reprimido (pra quem é mãe, impossível não se comover). A aceitação sem esperança de que seu mundo virou de cabeça para baixo sem previsão de retorno. A indiferença pela vida, já que é como se ela não existisse mais. “Talvez eu na verdade não queira saber o que está acontecendo. Talvez eu prefira não

Alexandre Dumas Filho

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Alexandre Dumas Filho nasceu em 27 de julho de 1824 em Paris na França filho do famoso romancista Alexandre Dumas (autor de O conde de Monte Cristo, Os três mosqueteiros, entre outros) e uma costureira chamada Marie-Catherine Labay. Assim como seu pai, foi um exímio escritor de renome mundial. Alexandre foi filho ilegítimo, só sendo reconhecido anos após seu nascimento. Há teorias que explicam o sofrimento de suas personagens femininas como um reflexo do que vivenciou com sua mãe, quando foram separados para que ele fosse viver com o pai. Alexandre pai permitiu que filho desenvolvesse suas qualidade literárias colocando-o em internatos para os estudos. Nestes internatos sofreu na mão dos colegas ao ser chamado de bastardo constantemente. Além de filho ilegítimo, Alexandre Filho era também decente de um nobre francês e uma mulher negra, o que aumentava os sofrimentos infringidos e influenciaria profundamente seus pensamentos, comportamento e obra. Além de estudar, Alexand

A Dama das Camélias

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Um amor para pensar... Escolhi A Dama das Camélias para ler pelo renome do autor, do livro, de todo o seu significado na literatura, enfim, era A Dama das Camélias... queria ver “qualé que era”. Li a sinopse e a princípio me deparei com um romance, uma história fofa. Pensei em um livro “gostoso” de ler. E foi. Mas... Palavras doces, descrições românticas, opiniões sobre a vida e por traz disso, um ponto mais profundo: como o tempo passa (mais uma vez em minhas leituras a constatação de que o ser humano é o bicho mais difícil criado pelo nosso querido Deus), e certas ideias continuam latentes. Marguerite, linda, inteligente, espirituosa, ... prostituta. A mulher em seu papel mais recorrente. Usada, abusada, mostrada, embelezada e “objetificada”. Em uma época muito mais machista que nossa atual, li trechos que a diferença entre o antes e o hoje, é o machismo velado. Não me intitulo feminista, nem gosto do termo porque acho que destruiriam o real significado de uma luta válida,