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Mostrando postagens de março, 2018

Maurice Druon

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Maurice Druon foi um escritor francês nascido em abril de 1918. Após a Segunda Guerra dedica-se a escrita em tempo integral, sendo um romancista, ensaísta e historiador. Sua carreira o fez membro do Conselho Franco-Britânico, Ministro da cultura e Secretário Perpétuo da Academia Francesa. Entre seus antepassados está o bisavô brasileiro, escritor, jornalista e político maranhense Odorico Mendes (1799-1864), com renome como tradutor de Homero e Virgílio. Falecido em abril de 2009, seu nome ficou marcada pela produção da série de livros Os Reis Malditos, traduzidos para diversos idiomas onde conta a história dos eventos que culminaram na Guerra dos Cem Anos. Além da série, obras como Grandes Famílias que recebeu o Prêmio Goncourt e o infanto-juvenil O Menino do Dedo Verde fizeram dele um autor mundialmente conhecido e consagrado. Fonte: www.portaldaliteratura.com

Os Reis Malditos

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A série de livros Os Reis Malditos, escritos entre 1955 e 1970 conta a história de como a semente da Guerra dos Cem anos foi plantada. O primeiro livro, O Rei de Ferro, inicia com a lendária praga que Jacques de Molay, o último grão-mestre da Ordem dos Templários, teria gritado da fogueira para o Rei Filipe IV da França, de codinome O Belo. De acordo com a lenda, de dentro das chamas de Molay amaldiçoou o rei Filipe IV e sua descendência, o papa Clemente V e o ministro Guilherme de Nogaret, afirmando que eles seriam convocados perante o tribunal de Deus no prazo de um ano. De fato, todos os três morreram dentro desse prazo. Os livros discorrem sobre os eventos que acompanharam as históricas sucessões ao Trono Francês entre 1307 e 1328 e que culminaram com o fim da dinastia capetiana direta. Casos como o da Torre de Nesle, da sobrevivência do bebê João, o aprisionamento dos bispos para eleição do novo Papa, são histórias detalhadas em suas causas e consequências.  Detalhes esses, f

Robert Louis Stevenson

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Robert Louis Stevenson nasceu em Edimburgo, capital da Escócia em novembro de 1850 e foi um dos mais importantes escritores britânicos do século XIX, tendo escrito clássicos como A Ilha do Tesouro, O Médico e o Monstro e As Aventuras de David Balfour. Com o Médico e o Monstro Stevenson alcançou o ponto alto de suas obras contando ao história de Dr. Jekyll e do Sr. Hyde , sendo o título adaptado para telas de cinema, musicais e teatro. E outra obra que teve um grande destaque para o nome do autor foi A Ilha do Tesouro, que apresenta pela primeira vez a figura do pirata com uma perna de pau e um papagaio sobre os ombros, imagem essa que dura até hoje no imaginário popular. Com uma carreira rica em diversidade literária, Robert escreveu ensaios, contos, roteiros de viagens, peças teatrais, poesia e até composições musicais. Tendo problemas respiratórios, procurou um ambiente para se estabecer que ajudasse sua saude, mudou-se para com a família, para Apia nas Ilhas Samoa. Local em

O Médico e o Monstro

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Que livro!!! Fiquei um longo tempo pensando em como começar a escrever. Foi uma leitura muito forte. Mesmo. Nessa edição da Saraiva, são três histórias assinadas por Robert Louis Stevenson. Além de O Médico e o Monstro, temos O Diabrete da Garrafa e Markhein, além de uma análise interessantíssima sobre o autor e suas obras. Em O Médico e o Monstro, publicado originalmente em 1886, a história com sua renomada importância, fala do Dr. Jekyll e do Sr. Hyde, por uma visão do advogado Sr. Utterson. O desenrolar é curto, em termos de números de páginas, porem a leitura não se deu tão rapidamente. Os detalhes e as avaliações psicológicas são tão profundas, que me peguei relendo frases e as vezes páginas. Além da necessidade de me integrar na história, queria realmente tentar entender todo o conhecimento e aprofundamento crítico, quando das várias facetas humanas. Adorei a carta do Dr. Jekyll falando sobre “o homem não ser verdadeiramente um, mas verdadeiramente dois.” Stevenson, fez u

Jane Austen

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Jane Austen, nascida em 16 de dezembro de 1775, foi uma talentosa escritora inglesa, que permanece em destaque até os dias de hoje por suas obras mundialmente admiradas. A foto que ilustra o post, é seu único retrato oficial e tem grandes chances de não ser semelhante a ela. Segundo fontes, as características de Austen diferiam do que se vê na pintura. O retrato foi feito por sua irmã Cassandra quando Jane estava com 36 anos. A escritora já ensaiava seus escritos, desde cedo. Entre 11 e 17 anos escreveu vários contos sobre a Inglaterra e seus costumes, e com 14 escreveu Amor e Amizade, mas somente em 1810 com 36 anos, teve seu primeiro livro publicado. Razão e Sensibilidade foi divido em três volumes e publicado de forma anônima. Apesar disso, seu livro seguinte Orgulho e Preconceito foi um grande sucesso e seu nome começou a difundir-se. Em 1814 lançou Mansfield Park e a obra vendeu todos os exemplares em 6 meses. Em 1816 Jane Austen adoece e vem a falecer em Julho de 1817. Os r

A Abadia de Northanger

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Entendo este livro com duas perspectivas. De um lado a crítica a uma sociedade um tanto vazia e de outro, a forma que Jane Austen usa para desenvolver suas opiniões que foi o de criar histórias com temas românticos. A Abadia de Northanger conta a história de Catherine Morland, que vai para passar uma temporada fora da casa dos pais, em Bath e conhece algumas pessoas, entre elas Henry e Eleanor Tilney, irmãos que a levam a conhecer sua casa que é a Abadia do título. Catherine está apaixonada por Henry a história se desenrola com o envolvimento dos dois. Assim como em outros livros de Austin o ambiente e as descrições são de um romantismo intenso, sendo, para quem gosta do estilo, uma delícia de leitura. Porem, não sendo a finalidade do livro (sentido no decorrer da história), a ocorrência do romance fofinho é só o pano de fundo, os desfechos do caso de amor são rápidos, sem delongas e sem uma finalização do viveram felizes para sempre, considerada satisfatória. Isso por que o foco

Jô Soares

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José Eugênio Soares, ou simplesmente Jô Soares, ficou conhecido dos brasileiros por seus programas humorísticos e de entrevista. Nascido em 1938, no Rio de Janeiro, Jô queria ser diplomata, sendo que seus estudos foram pautados, estudando inclusive na Suíça, na realização dessa vontade, porem seu senso de humor afiado e criatividade o alçaram a vida artística. Jô além de humorista e apresentador de televisão, é também escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator, músico e pintor. Como escritor, tem oito livros publicados, sendo o último em 2017 onde ele fala de sua trajetória de vida. E assim como seus outros livros, este também é um livro de humor. Em seus escritos, Jô Soares usa com afinco sua inteligência humorística e desenvolve história curiosas e muito engraçadas. A criatividade aparece também nos temas, Jô falou em seus livros, sobre Getúlio Vargas, os tempos durante o governo de Collor, a copa de 1950 e tantos outros temas que demonstram o grande nível intelect

O Homem que Matou Getúlio Vargas

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O Homem que matou Getúlio Vargas é uma piada. No sentido bom da frase. Uma piada extraordinária. Neste livro, Jô Soares conta a história de Dimitri Borja Korozec, um assassino profissional, “parente distante” de Getúlio Vargas, que luta contra todo tipo de tiranos mundo a fora. Filho de pai sérvio e mãe brasileira, esse personagem tem todas as características, motivação e treinamento para realizar todas as tarefas para qual é designado, não fosse um detalhe pequenininho... além de um dedo a mais na mão, é o desastre em pessoa (me identifiquei!). Pensem numa pessoa azarada, atrapalhada, perdida... esse é nosso homem. As situações são hilárias. No discorrer do livro, acompanhamos Dimitri em suas andanças, façanhas e desastres. Jô Soares nos coloca em meio a fatos históricos de destaque, ocorrência como a segunda guerra mundial e a prisão de Al Capone. O livro nos traz inclusive fotos históricas dos acontecimentos descritos e coloca o personagem nas situações mais inusitadas.Tudo is

Agatha Christie

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Agatha Mary Clarissa Miller nasceu em 15 de setembro de 1890 em Torquay, Devon, no Sudeste da Inglaterra. Considerada a escritora mais bem sucedida da história da literatura popular mundial, tendo o conjunto de seus livros vendido cerca de quatro bilhões de cópias ao longo dos anos. Seu livro mais vendido foi Ten Little Niggers (No Brasil, O caso dos Dez Negrinhos ou Não sobrou Nenhum) lançado em 1939, porem o título considerado um dos maiores sucessos da autora é Murder on the Orient Express (No Brasil, Assassinato no Expresso Oriente lançado) em 1934 e que novamente viu-se no cinema em 2017. Em 1971, foi condecorada pela rainha do Reino Unido, Elizabeth II, com o título de "Dame" (Dama) do Império Britânico, uma honra que consiste no equivalente feminino ao sir. Em 1972, Agatha Chrietie respondeu a questão sobre quais seriam seus livros prediletos dentre seus escritos e autora responde que “Os meus próprios certamente variariam de vez em quando...”. Porem listou os se

O Misterioso Caso de Styles

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O Misterioso Caso de Styles conta com a primeira aparição do famoso detetive Hercule Poirot, criado por Agatha Christie e participante de mais de 30 livros da autora. As características marcantes dele, como o compulsão por ordem, já estão presentes no livro, mas com base nos outros, percebe-se que Christie foi aperfeiçoando Poirot com o passar dos livros. Assim como Poirot, a autora também nos apresenta seu amigo Hastings, que igualmente aparece em inúmeros romances e acompanha o detive em suas investigações. Nesta história, que se passa durante a segunda guerra mundial, o detetive está com alguns amigos refugiados da Bélgica, em uma cidadezinha da Inglaterra e é chamado para investigar a morte de senhora rica. O enredo, como nos demais livros de Agatha Christie, trata-se um assassinato que é um mistério e precisa de investigação. O “problema” de ler muitos livros dela é que a nos acostumamos com a questão: aquela pessoa que parece ser a culpada, a gente já sabe que não é.

Cristina Norton

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Nascida em Buenos Aires em 1948, Cristina Norton mora a mais de 30 anos em Portugal onde optou pela nacionalidade portuguesa. Seu livro Os mecanismos da Escrita, nasceu da experiência em dar aulas para crianças e adolescentes sobre escrita criativa onde trabalha desde então e seu primeiro romance publicado foi O Afinador de Pianos de 1997 que coloca o personagem principal em meio a acontecimentos políticos de destaque com nomes como Peron, Evita, Franco e Salazar. Entre suas obras podem ser citadas também, As Folhas do chá (finalista do Grande Prêmio de Conto APE) e O barco de chocolate (vencedor do Prêmio Adolfo Simões Muller de Literatura Infantil). O Segredo da bastarda, publicado originalmente em 2002, foi um sucesso de crítica e público em Portugal, onde esteve durante várias semanas nas listas dos mais vendidos. Em 2018 Cristina Norton, lançou A vida é um Tango e Outros Histórias, onde a autora escreve sobre acontecimentos em Portugal, México, França e Argentina. Um

O Segredo da Bastarda

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O segredo da Bastarda me despertou sorrisos, curiosidades, tristezas e ódios.... O livro é uma história sendo contada por uma personagem. Eugenia Maria, está com sua filha Isabel doente e conta a história de vida de sua mãe Eugenia Meneses. Os sorrisos e curiosidades foram despertados pelas descrições do Brasil colonial. Em um determinado momento, Eugenia Meneses, portuguesa de Lisboa, vai morar em Minas Gerais, na antiga Vila Rica (atual Ouro Preto). Dentre descrições sublimes de um Brasil “conquistado”, passamos por uma conversa com Aleijadinho, por uma escrava que foge para um quilombo, por uma participante das reuniões dos Inconfidentes, e o que mais me tocou, a descrição depois, da saudade sentida por Eugenia de Meneses, da terra brasileira deixada para traz. As cores, os sabores, os corações. Foi belíssimo. E me despertou tristeza e ódio, pela constatação repetitiva sobre a dominação machista. Se lermos na história passada ou atual, encontramos tantas e tantas como a desc