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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Michael Ende

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Michael Ende, foi um escritor alemão nascido em Garmisch-Partenkirchen no ano de 1929 e falecido em 1995. Seus livros são pautados em fantasias fantásticas (no sentido denotativo e conotativo da palavra) e trazem ensinamentos profundos sobre a moral e o intelecto humano. Filho de um pintor com visões artísticas voltadas ao surrealismo, sua infância foi recheada dessas imagens e ideais que ajudaram a definir sua personalidade de escritor. Suas novelas, histórias e poemas tinham como principal preocupação oferecer experiências e sugestões para novas perspectivas sobre mundo. Dentre seus vários livros, cito dois: A História sem Fim de 1979 (resenha aqui no IG) que virou filme em 1984 (apesar das diferenças um belíssimo filme) e Momo que inicialmente no Brasil foi lançado como Manu, a Menina que Sabia Ouvir. Assim como em A História sem Fim, a mensagem via metáforas é espetacular.  Trata-se da história de uma órfã chamada Momo que possui uma capacidade extraordinária de ouvir. De for

A História sem Fim

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Para quem se aventura pelas alegrias da literatura, que faz do passa tempo uma necessidade existencial. Para quem tem consciência da viagem especial que um livro nos proporciona, ler A história sem Fim é se deslumbrar por cada metáforas e entender a mensagem magnífica que o livro pretende passar. Com a premissa de um menino chamado Bastian, que rouba um livro e começa a lê-lo em um sotão da escola. O livro lido por Bastian, conta sobre a busca de Atreiú para encontrar uma cura para Imperatriz Menina. A história sem fim inicia sua beleza na estrutura física que se apresenta. Sendo um livro dentro de um livro, os parágrafos são impressos em duas cores. Quando tratava da historia que Bastian lia (a história de fantasia), era de uma cor. Quando falava do próprio Bastian (o mundo dos homens) era de outra. Alem disso, em um determinado momento um dos personagens fala sobre o fato de todas as histórias do mundo serem compostas pelas 26 letras do alfabeto. As letras são sempre as mesmas, o

Jhon Harding

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Jhon Harding foi um escritor inglês nascido em Prickwillow no ano de 1951 e falecido em setembro de 2017. Trabalhou como repórter e editor de algumas revistas em Londres até ser “freelance” para conseguir perseguir o sonho de torna-se romancista. Seu primeiro livro foi publicado em 2000 (What We Did on Our Holiday) e adaptado para a TV em 2006 (sem lançamento no Brasil). Depois mais dois livros foram escritos, até o seu grande sucesso Florence and Giles (A Meninas que não Sabia Ler 1) de 2010 e The Girl who Couldn't Read (A menina que não sabia ler 2) de 2014 serem então publicados. Eles são os únicos dois livros do escritor publicados no Brasil. Harding em uma entrevista para o blog Ler para Esclarecer, confirma sua inspiração para a história de Florence, no livro de Henry James, A Volta do Parafuso. O autor quis apresentar a perspectiva das crianças diante de um acontecimento e um ambiente parecido cheio de suspense como no caso da mansão antiga de séculos passado. O teo

A Menina que Não Sabia Ler

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Florence é minha “ídola”. Tá certo que ela tem uma moral um tanto quanto questionável, mas... Ah! Aquele cérebro, aquela dedicação... é um sonho. Nunca pensei que seria fã de alguém assim... Em A Menina que não Sabia Ler (qualidade do título em português, questionável) volume 1 somos apresentados a órfã Florence. Uma menina proibida de ler por ordem do tio por quem é tutelada juntamente com seu irmão Giles. A história é narrada em primeira pessoa, pela própria Florence e se passa na Nova Inglaterra em 1891, em uma mansão em ruínas. Florence aprende a ler sozinha e sua inteligência e imaginação aguçadas fazem deste livro um passeio por diversos autores da literatura mundial. Fã declarada de Shakespeare. Como ela mesma cita, “parecia que se não houvesse palavra para o que queria dizer, ele inventava. Ele poetava o idioma.”. Por isso, adepta a criar novas palavras, a menina prodígio faz da biblioteca da casa seu porto seguro. E assim somos apresentados ao seus sentimentos e vontad

Valeria Montaldi

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Escritora e jornalista italiana nascida em agosto de 1949, autora da serie de livros sobre as andanças de Frei Mathew. Licenciada em História da Crítica da Arte, trabalhou como jornalista onde diz que: “tentei devolver uma imagem vívida do que eu mergulhei, seja um ilustrador famoso ou a história de uma antiga basílica. Na elaboração das peças, evitei cuidadosamente a linguagem abusada do trabalho, favorecendo uma comunicação mais direta, capaz de intrigar e envolver os leitores”. Em 2001 publica seu primeiro romance, O Mercador de Lã, recebendo por ele três prêmios literários. Após o sucesso do primeiro livro com Frei Mathew, Montaldi investe em mais três livros com o mesmo personagem principal. Seus livros tratam de Ficção Histórica, com um estilo de escrita primorosa e cativante nos detalhes. Essa sua maravilhosa característica nos transporta para o ambiente de seus livros de uma forma incrível. Com suas descrições e detalhes que enriquecem a narrativa, ela desperta a emoção

Frei Mathew

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Delícia de Livros Simples, despretensiosos, cativantes... Contando a história de Frei Matthew em diversas situações a escritora demonstra a magnífica qualidade de descrever com maestria momentos, locais, sentimentos. Passamos por personagens secundários que nos fazem conhecer os arredores do século XIII. Um mundo cruel, pobre, faminto, e que apesar de todas as dificuldades da época era um mundo que podia ter pessoas de coração puro. Gosto de livros que falam sobre esse passado distante, que mostram como as pessoas valorizavam o pouco. As coisas não eram descartáveis, deviam ser cuidadas, consertadas, conservadas. As pessoas lutavam dia a dia. Era uma vida difícil, sofrida e que trazia todas as suas mazelas. Mas nossa vida hoje que é tão mais fácil, em contra partida, nos fez tão vazios. Tudo é descartável. O personagem principal é puro, com um coração precioso. O tipo de personagem que desejaríamos profundamente que existisse de verdade. Gostaria de poder dar um abraço bem fort

Bernard Cornwell

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Bernard Cornwell é um escritor inglês nascido em Londres no ano de 1944 (um “warbaby como ele diz). Seu pai biológico era um aviador canadense e sua mãe biológica uma inglesa auxiliar da força aérea britânica. Foi adotado em Essex (Inglaterra) por uma família inglesa que pertencia a uma seita religiosa chamada Pecuiliar People, que ele próprio cita em sua resumida biografia, que eram realmente pessoas peculiares (!). A família adotiva chamava-se Wiggins, e Bernard assumiu o sobrenome da mãe biológica após a morte do pai adotivo ficando assim com o nome de Bernard Cornwell. Apaixonado por história principalmente a Inglesa, Cornwell já publicou mais de 40 livros traduzidos em mais de 16 idiomas e é um dos mais importantes escritores britânicos da atualidade. Conheceu a americana Judy, com quem casou e em 1979 mudou-se para os Estados Unidos. Na época não conseguiu o Green Card e decidiu escrever para se sustentar pois para tal trabalho não era necessário permissão do governo. E deu

Trilogia de Arthur

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Bernardão é F#d@! Quem já leu sabe. Então se ele decidiu escrever sobre o Rei Arthur, certeza que seria esplêndido. Nessa trilogia, temos os populares personagens Merlin, Morgana, Lancelot, porem descritos de forma não tradicional. Esqueçam todas as brumas em volta dos personagens, esqueçam todo o romantismo e beleza na história de Guinevere, Lancelot e Arthur. Aqui eles são “da p#rr@. São brutos como a época exigia, são humanos que precisavam sobreviver em uma sociedade sem muitas regras, são personagens inseridos na época de acordo com a possibilidade de real existência. O rei Arthur não é limpinho, cherosinho e perfeitinho. Bernard Cornwell pegou sua lenda e a descreveu de forma palpável. Se temos duvidas sobre sua existência, em sua releitura Arthur parece real. O escritor introduziu fatos comprovadamente reais, como construções, costumes, dialetos, da época em questão e fez da Inglaterra primitiva seu palco para a belíssima história do guerreiro. Baseado em novas de

Loraine Pivatto

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Loraine Pivatto é uma gaúcha de Porto Alegre, que trabalha com Tecnologia da Informação e tem a escrita como hobby. Após o primeiro romance publicado em 2009 e alguns treinamentos em técnicas de estruturação de textos e escrita criativa, a autora envereda para o gênero de ficção especulativa com “Pseudônimo Mr. Queen". Este livro vem sendo divulgado através de book tours, por todo o Brasil. São 60 exemplares circulando por todos os estados brasileiros, desde outubro de 2015, e a fila já superou a marca de mil leitores inscritos. “Foi uma ideia maravilhosa essa forma de divulgação. As pessoas realmente gostaram do projeto e estão recebendo o livro com muito carinho, priorizando a leitura no prazo estimado e se comprometendo a enviar ao próximo leitor. Depois fazem as resenhas e divulgam nos seus blogs e redes sociais. Incrível! Uns ainda tem mandado mimos ao próximo leitor, como bilhetinhos, marcadores de páginas, etc... Nunca pensei que seria tão legal organizar esta rede de l

Pseudônimo Mr. Queen

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Um Prazer de Leitura Entendo que os livros, dentre outras características, têm como objetivo divertir e deixar uma lição. Pseudonimo Mr. Queen alcançou esses dois quesitos com louvor. Perdi algumas horas de sono porque precisava ler mais e recebi muito bem a lição sobre os valores vazios que vivemos rodeados. Não tenho conhecimentos técnicos para julgar a qualidade de um livro em termos de estrutura literária e outros quesitos mais profundos, mas respiro leitura, leio com verdadeira paixão, e portanto, me acho capaz de identifica um livro que, se não perfeito em termos técnicos, é perfeito em conquistar um coração. Com a premissa de que o mundo como conhecemos acabou em 2012 e a nova estrutura vem com algumas regras de sobrevivência bem diferentes: não há dinheiro, ninguém morre subitamente, há duas vidas a serem vividas, você tem uma data exata para a sua morte, entre outras mudanças. Com essa ideia, Loraine Pivatto desenvolveu uma bela distopia e com ela, nos mostra que